Director do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do IPOLFG

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Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (2000-2002)

Presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (2010-2014)

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sampaio da Nóvoa e Jose Gil na RTP


A Radiotelevisão Portuguesa brindou-nos nos últimos três dias
com três entrevistas conduzidas por Fátima Campos Ferreira a personalidades
marcantes do pensamento em Portugal.
Sampaio da Nóvoa, José Gil e Freitas do Amaral.
Limito-me, pela nobreza intelectual que lhes reconheço, a
falar dos dois primeiros.
Do terceiro, reconhecendo-lhe enormes qualidades, não posso
esquecer que foi actor de um sem número de actos e omissões que contribuíram para
a caminhada impune para a catastrófica situação actual.
Por esta razão nem sequer quero falar dele, ciente de que a
democracia me concede esse direito.
Num período da historia de Portugal caracterizado por uma
trágica situação financeira com gravíssimas implicações económicas e sociais,
pelo reforço da máxima do “salve-se quem puder” com atropelo ético de
princípios e referencias fundamentais da Vida, de comportamentos medíocres e
corruptos, de jogo de interesses obscuros com total impunidade jurídica, ouvir
pensadores como Sampaio da Nóvoa e José Gil defendendo o principio ético e constitucional
do Estado Social, constitui um bálsamo e reforça a nossa esperança de que o
pais não esta irremediavelmente moribundo.
“Redistribuição” e “Equidade”, duas palavras simples mas de
tão complexa assimilação.
Sampaio da Nóvoa, já no dia de Portugal nos tinha brindado
com um discurso notável que certamente fez pensar aos restantes oradores a
inutilidade da manifestação artística e do conteúdo da sua oratória.
Na entrevista da RTP1, a tal estação de radiodifusão que
alguns pretendem concessionar, Sampaio da Novoa e José Gil, conseguiram
transmitir a todos os portugueses, a necessidade e o imperativo de se
reerguerem e de lutar pelos princípios básicos que norteiam o conceito e a
vivência de uma democracia ocidental.
A RTP ao transmitir estas entrevistas antes da tomada de
posse do novo Conselho de Administração prestou inequivocamente um serviço
público a todos os portugueses.
Que os nossos concidadãos aproveitem e serenamente possam
energicamente transmitir aos nossos governantes, aos partidos, aos ex políticos,
e aos responsáveis em geral, o sinal inequívoco de um “Basta!”.
Citando
Óscar Wilde, “podemos suportar as desgraças que vêm do exterior porque são
acidentes. Mas sofrer pelas nossas próprias faltas... esse será o tormento da
vida”.


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